sexta-feira, 13 de abril de 2018

António Dias Alves


           

A pessoa existe enquanto houver memória dela




António Dias Alves foi avô emprestado de António Martins, era vizinho deste no mesmo prédio em Lisboa, na R. dos Mastros nº10-3ºE, no Conde Barão.

            António Dias nasceu em 1903 na C.Mós, Sardoal..........avô emprestado
                        António Martins nasceu em 1955 em Lisboa.......neto

O António Martins, é actualmente comerciante de peças de arte e decoração antigas, em Arroios, Lisboa. Recorda com muito carinho e saudade este avô, que segundo ele lhe deu o gosto pela cultura e pela arte. Sempre que saía, levava-o, pedindo aos pais do Martins. Visitavam de tudo e conversava muito com o Martins.


Restaurante Quinta de S.Vicente 1961, mãe e o filho António Martins mais os avós Olinda de Jesus/António Dias Alves.

O António Dias Alves nascido na Cabeça das Mós em 1903  , onde fez a 4ªclasse. Cedo saíu da aldeia:1º para trabalhar em Alferrarede,2º Mora e depois foi para Lisboa.Entrou para o Estado;  foi trabalhar para a Comissão Reguladora do Comércio e mais tarde no Grémio do Bacalhau( organização que controlava a pesca do bacalhau).Actual instalação da Fundação Oriente em Alcântara, Lisboa.
Casou mas não teve filhos;  talvez por esse facto, tenha apoiado o crescimento do jovem António Martins de quem era vizinho.

Relatos deste avô que António Martins, recorda com muito carinho e saudade!
1-Ensinamentos
-Nos estudos: exame da 4ªclasse,  recordava sempre ao Martins para ter cuidado com as rasteiras. Citando como exemplo; a rasteira que lhe fizeram no exame da 4ª:
A professora afirmou “na sua terra passa uma ribeira em Abrantes, como se chama?”
                        -“não é ribeira´é o rio Tejo” respondeu o avô Alves
-falava dos países, das bandeiras
-falava de tudo menos futebol e de jogo de cartas
2-Locais mais visitados, nos dias de folga do avô Alves
-Cacilhas, a travessia de barco no rio Tejo e depois o almoço no Gingal e à noite jantar com os pais.
- Viagem de eléctrico do Cais do Sodré até à Cruz Quebrada. Durante o percurso falavam dos locais de passagem e também das capitais do mundo e dos seus regimes. Ensinava as bandeiras dos países e explicou o regime Inglês bipartidário, onde governavam ora republicanos ora democráticos.
-Quinta de S.Vicente, almoços
-Passeios semanais na beira Tejo
-Feira das Mercês
-Feira da Luz
-Férias em Cascais, em casa da sobrinha da avó adoptiva, o marido era o comandante da guarda em meados dos anos 60.
-Férias na Sertã, terra da avó adoptiva Olinda, na aldeia Carnapete.
1960-Férias na Sertã, António Martins com 6 anos

E sempre os almoços na casa do avô adoptivo no dia do passeio.

O Martins já não tinha avós, o pai era electricista na Marinha e mãe trabalhava em casa de senhoras, a servir.A mãe aprendeu a arte de fazer certos pratos com a avó Olinda.
A DªOlinda tinha trabalhado em casa do Dr Bissaya Barreto em Lisboa e na casa do
Dr. Cancela de Abreu, e por isso sabia muito de cozinha e excelentes pratos.

O Martins saíu do Conde Barão cerca de 1970 e o avô e vizinho faleceu em 1972. Tendo ficado no cemitério do Alto S.João em Lisboa.


Em resumo, este avô emprestado António Dias Alves, ficou “gravado a letras de ouro
na memória do Martins, agora com 63anos ainda recorda com muito carinho!



Da familia deste “avô”, há familiares a viver na sua terra de origem, Cabeça das Mós.


Dª Prazeres  é esposa do João do café,
Cabeça das Mós, Sardoal.

                                                                                  


 Fontes:
            António Martins, Lisboa
            José Lopes
João Santos
            Teresa Cascalheira

sábado, 7 de abril de 2018

Adega Kilowatt


            Adega Kilowatt, Amarante

            Inaugurada em 1929, herdou o nome/alcunha do seu fundador, que por ser cobrador de luz foi baptizado tanto pelo povo como pelos amigos de Kilowatt.
Começou a ser conhecida pela adega com o melhor vinho da região a que juntou as melhores sandes de presunto.



                                                          

Por volta de 1959, a filha e o genro do fundador tomaram conta da Adega Kilowatt, mantendo os produtos de qualidade e juntando mais fumeiro para o petisco.
     
    

Ao terminar o século xx ~1999, a Adega Kilowatt foi adquirida pela família
                                   Armando Freitas e esposa
                                   DªMaria José Pinto Freitas
Que mantiveram a qualidade e alargando ainda mais a oferta de produtos da região:
Bom vinho, presunto, fumeiro, alheiras, queijo, vinho verde, toucinho fumado, etc.
   
        


A Adega é pequena mas muito funcional e acolhedora, tendo por base já do início,
                        A qualidade do vinho e das sandes de presunto

Actualmente a Adega Kilowatt já aparece nos guias de turismo como cartão de visita à cidade de Amarante.
Seguem-se frases de clientes:
            Paragem Obrigatória
Simpatia a transbordar
Casa familiar com atendimento simpático e humilde
Já lá passou o James Bond
Melhor presunto e queijo do mundo,
Bom chouriço assado e bom vinho
           Representa o bom sabor tradicional português 



Termino com uma quadra do dia dos namorados na Adega
Quem passa por S.Gonçalo de Amarante.
Não deixa de lá voltar!
Pedir para casar
E ao kilowatt ir petiscar

                                                                                


Fontes e vivências pessoais:
Helderbarros.blogspot
Mini-hidrica de Fridão
Memgundar.blogspot.com
Jornal de Amarante
Monumentos desaparecidos