O
Apóstolo das Índias
Este Blog pretende apenas sublinhar as viagens feitas em
11anos por Francisco Xavier, numa época muito difícil, se compararmos a
segurança e as condições a bordo duma caravela com um barco de cruzeiro de
hoje.
Estudou no Colégio de Santa Bárbara em, Paris, e depois foi
professor no Colégio de Beauvais, onde conheceu Francisco de Loyola, sendo
cofundador da Ordem de Jesus em 1534 na capela de Saint-Denis, em Montemartre,
Paris. A Companhia de Jesus estava fundada, e é reconhecida pelo Papa em 1541;
destinada ao ensino, à conversão e à caridade.
Tinha o dom da palavra, falava vários indiomas e pressentia
os acontecimentos, realizou vários milagres no Oriente convertendo muita gente
à religião Cristã. Tornou-se o grande Santo e padroeiro do Oriente.
Pintura feita em 1579, Pe Manuel Teixeira e Castelo da
família em Xavier, onde nasceu
Nasceu em
Navarra no ano de 1497(não consensual), do reino de Pamplona, ano em que Vasco
da Gama partiu de Lisboa, Portugal, em busca do Oriente. Na tentativa de descobrir
a Índia, Vasco da Gama deu início a uma nova corrente que alterou o curso da
história da humanidade.
O pedido de
missionários do rei D.Manuel I de Portugal ao Papa, para o Oriente, fez
chegar a Lisboa o Pe Francisco Xavier com 43anos, em meados de Junho de 1540 e
também o Pe Paulo Camerte e o Pe Simão Rodrigues. Foram convidados para viver
nos aposentos reais. Contudo pediram, que lhes fosse permitido viver no
hospital dos pobres e andar por entre os ricos de Lisboa para pedirem esmolas
para os mais necessitados.
As viagens de
Francisco Xavier a partir de Lisboa para o Oriente, Goa e daqui para os
vários locais já descobertos pelos portugueses, até à morte em Sanchoão, 3 de
dezembro 1552.
Sendo Malaca onde Francisco esteve mais tempo no seu período
de missionário de 11 anos e onde realizou vários milagres.
Quadro de milhas e Mapas das viagens, a côres mais actual e a preto
mais antigo e real em especial na curva que as caravelas tem que dar para
chegar à àfrica do Sul:
A duração das viagens baseiam-se em amostras de tempo de
viagens com tempo preciso registado, retirando o tempo nos portos. A viagem de
Lisboa a Goa demorou 13 meses, contudo os 5 meses de inverno, de Setembro de
1541 a Fevereiro de 1542, foram passados em Moçambique.
Baseados nestes cálculos aproximados, temos 38000 milhas percorridas e 25,5 meses
gastos nas viagens marítimas. Imagine-se o sofrimento naquele tempo passado no
mar.
Num documento do
século XVI, para a tripulação de 31 homens numa caravela, por mês é
necessário:
Dando uma ração diária para cada homem de:
760g
– biscoito, muitas vezes bolorento e mal cheiroso
356g
– carne, entregue mensalmente
1,5l
– vinho e igual em água
0,6l
– vinagre, também usado na limpeza do porão
0,3l
– azeite
1
– posta de ~0,1 de pescada
Não havia higiene a bordo como a conhecemos hoje. Cada um
cozinhava para si.
O espaço limitado para tanta gente, a falta de higiene, as
agressões climáticas e o balancear das caravelas; originava várias doenças,
sendo as mais comuns, as náuseas, as enxaquecas, o escorbuto, a peste, doenças
indestinais e pulmonares. Morria muita gente.
A obra deixada por
Francisco Xavier é imensa, só em Malaca onde esteve 5 vezes, fundou a
escola “Sekolah” em 1545 na 1ªviagem e uma Igreja. A língua Malaia tem cerca de
450 palavras portuguesas.
Igreja de S.Francisco em Malaca, e Milagre em Malaca.
Morte de Francisco Xavier, a sua canonização e o dia da sua veneração
Relicário do corpo do Santo, em Velha Goa.Morreu a 3 de dezembro de 1552, em Sanchoão, China.
Foi Beatificado em 1619 pelo Papa João Paulo V e Canonizado
em 1622 pelo Papa Gregório XV.
É venerado a 3 de Dezembro, mas o dia das festevidades de
S.Francisco Xavier é no domingo a seguir. Fazem-se peregrinações anuais de
milhares de católicos, ao túmulo do Santo, onde se realizam serviços
religiosos.
Francisco Xavier é o Santo Patrono da Malásia, da Austrália,
Nova Zelândia, Indonésia, India, China, Sri Lanca, Borneu e....
Nota: em torno do
nascimento há 1497(livro baseado num oficial da tripulação da ida para a India)
e 1506(da internet).
Fontes:
-livro “A voz das ruínas” pelo Pe Manuel Pintado
-livro “Cardeal D.José da Costa Nunes” editorial A.O.Braga
-consultas na internet