Quinta Silva
Farinha, 1933/data assinalada no portão do pátio.
De noite
a frente do prédio é iluminada e reflete uma imagem bonita para as minhas
traseiras da R.Parreiras que dão para a Qª do Pinheiro.
Quinta contigua ao Jardim Primavera, com frente para a
Azinhaga das Freiras e paralela à Quinta da Marquesa de Fora.
Foi fundada por João Silva Farinha, casado com Carolina e
não tiveram filhos.
Desenvolveu a quinta com árvores de fruto e horta mais animais domésticos, donde
tirava o sustento vendendo fruta e hortaliças à porta e também no mercado do
Campo Grande.
Água, que é uma
das riquezas, em Carnide era abundante, e o Farinha fez um bom poço com dua minas
ainda compridas onde cabe um homem em pé. A água era elevada com uma nora e
canalizada para um tanque.
Já pelos anos 1940, nas duas vigas de ferro em I da Nora
instalou numa ponta um sistema com corrente para elevar água(tipo alcatruz) e
na outra ponta um motor eléctrico trifásico que fazia rodar a roda de ferro
onde girava a corrente desde o fundo do poço.
Embora a corrente que elevava a água desse um bom caudal, a
corrente partia-se muito. Optaram ainda nos anos 50 por instalar um motor
eléctrico com uma bom caudal.
O Farinha fez um prédio
de 2 pisos com E e D por piso, na frente que dá para a azinhaga das Freiras,
viveu no r/c direito. À posterior criou um pátio com várias casas e mais 2
casas com E e D de frente para a azinhaga das Freiras, ao tempo com caniços
pela frente.
Tinha também uma courela(terreno agricola) na zona que é
hoje o Bairro Padre Cruz.
Era a Quinta que
vendia fruta, hortaliça e animais domésticos como galinhas, ovos e coelhos
para as pessoas de Carnide, à porta.
Tinha uma carroça que levava hortaliça para o mercado do
Campo Grande que existiu na rua das forças armadas a Entrecampos. A carroça era
conduzida pelo Manuel da “Nora” e que ainda no fim dos anos 40 ficou como
caseiro da quinta.
Por volta de 1960 ficou como caseiro da quinta o Domingos
Freitas que veio de Guimarães no Minho, e manteve a exploração agricola até fins
dos anos 1970.
Actualmente, ainda mora o filho mais novo do Domingos, o
Joaquim numa casa e a filha mais velha a Fátima e o marido Mesquita fazem uma
pequena horta com as técnicas do minho ou seja em altura, nas fotos seguintes
vê-se a qualidade das hortaliças e
estas sim são biológicas de verdade,
só com água e estrume de compostagem de folhas do arvoredo da quinta.
Com o óbito do Farinha no princípio dos anos 50, a viúva
ainda veio a casar com um indíviduo alto e que tinha uma filha chamada Ludovina
também alta, que mais tarde ficou com a quinta.
À posterior a Cooperativa Garicooper comprou a quinta e as
casas.
Fontes/notas:
-Palmira, enfermeira; comprava lá com a avó, coelhos,
galinhas e fruta.
-Mesquita, genro do Dmingues Freitas, que faz a horta ainda hoje,
com a mulher Fátima.
-Maria das Dores ia comprar com a tia Maria Dores Pires da
R.Parreiras 16, nos anos 40 e 50, ao Farinha coelhos, galinhas, fruta e
hortaliça.
-Eulália, moradora no pátio da Quinta à ~60anos.
-Rogério, ia lá em jovem com o pai Eugénio Vicente reparar a
torneira do tanque e a corrente de elevar água. Este tanque tinha na saída com
uma torneira especial, que controlava a pressão de água; peça em ferro forjado
com uma sola e depois um parafuso de ajuste de pressão.
O Eugénio Vicente fazia a manutenção da corrente e arranjou uma forma mais eficiente
de ligar os elos.
-O sistema
de corrente para elevar água, veio de Alcanena; onde foi inventado.
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