Estacionar o BURRO, Abrantes anos 1940 e 1950
Argola
para prender a corda do animal, comum nos palácios, é mais simples nos
palheiros
Havia em Abrantes, um palheiro próprio, preparado com palha
e argolas de ferro para segurar o burro, onde este descansava e comia, enquanto
os donos iam tratar dos assuntos que ali os tinha levado ( à cidade).
Maria Torrada na sua taberna da Barca do Pego aos 80anos
Assim aconteceu com a Maria Torrada nos anos 1950, da Barca
do Pego, foi à C.M.Abrantes e estacionou o burro num destes palheiros, como não
estava ninguém deixou lá os $50 centavos (5 tostões) para estacionar o burro,
em cima da pedra da parede onde ficou o burro.
É verdade era assim, embora
fosse dentro dum palheiro com porta aberta, havia confiança entre as pessoas!
Confiança coisa que hoje é uma raridade e estou-me a
lembrar da propaganda agressiva de vendedores que andam na rua para mudança de
comercializador de energia. Aconteceu com a minha mãe de 85anos; um jovem
pediu-lhe a fatura da luz (EDP) para confirmar os dados, preencheu uns
papéis amarelos e deixou a cópia à minha mãe em cima da mesa da sala e sem
assinar, que também não sabe. Por sorte passei lá no dia seguinte e ao ver um
papel amarelo da Endesa(uma eléctrica espanhola) percebi que tinham-lhe
feito um contrato de luz para a Endesa. Como temos 14 dias para renunciar um
contrato, fui de seguida à loja do cidadão e tive que me identificar e a custo
anular o contrato com o preenchimento duma folha para o efeito. De seguida, fui à loja da Endesa, para não
poderem dizer que o correio se estraviou; consegui! Mas é triste! São burlões
oficiais em nome duma empresa com estratégias tipo “conto do vigário”!
Joaquina de Jesus aos 86anos, Carnide, Lisboa
Agora mais
do que nunca “olho vivo e pé ligeiro” como eu ouvia em pequeno ao meu pai.
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